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Uma pausa para entender a humanidade


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Campanhas, mutirões, propagandas e mais outra meia duzia de ações de conscientização e mesmo assim vemos o mesmo do mesmo. Muitas vezes, na minha humilde ignorância, pergunto o que mais falta acontecer para que as boas atitudes não sejam apenas maquiagens de pessoas vazias ou degrau para a fama de alguém.

Claro que algumas poucas pessoas fazem a diferença. Aí é que tá, não deveria ser essa a normalização. Poucas pessoas não deveriam fazer a boa diferença. Nós não deveríamos chorar de emoção porque Luciano Huck deu uma casa a quem precisa. Isso deveria ser normal para os nossos corações e para nossas mentes. Não deveriamos considerar comum almoçar com a TV ligada enquanto anuncia mais e mais mortes, violência atrás de violência.

O que a pandemia trouxe? Nada! Mais uma vez normalizou o fim da humanidade com o apoio de discursos de - todo dia morre gente; é só uma gripezinha; voltemos as nossas vidas - Como voltar a vida da família que perdeu? Como aceitar que todos os dias morrem pessoas por ações que não são da própria natureza?

Nos meus sete meses de quarentena, a cada dia que passa, eu desentendo mais a humanidade. Desentendo quem, depois de um tempo, achou chato ficar em casa. Desentendo quem não ama o próximo como a si mesmo. Desentendo quem acredita que uma festa é mais importante que a saúde de um pai ou uma mãe. Desentendo quem tem o poder de escolha e desdenha de quem é obrigado. Quem reclama dos ônibus lotado e pega seu carro importado para se aglomerar na praia.

Talvez, para que eu possa compreender de forma clara, preciso internalizar o significado da palavra hipocrisia. Só Aurélio para me ajudar.

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