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Em terra de Tinder quem tem um Amor é Rei.

Texto: Karen Marques


Ah tecnologia! A Internet e suas facetas que veio como um facilitador em quase todos os campos da vida diária de nós, meros mortais. A internet que fez com que passássemos a viver no Modos Operandi Online. Tudo instantâneo. Quer uma roupa? Compra online. Quer fazer supermercado? Faz online. Consulta médica? Online. Fazer um curso? Online. Quer um amor? Online. Ops, calma, calma, calma. Será que um Amor se consegue online mesmo?

Tinder, Happn, Badoo, ParPerfeito e tantos outros nomes que o Google me listou, que vai desde os aplicativos gratuitos até as versões pagas e algumas bem pagas! Ou seja, um leque para você conseguir a sua alma gêmea, a sua metade da laranja, a sua tampa da panela. Todas as opções como num cardápio para todos os gostos. Todos os níveis de educação: desde analfabeto até o doutorado. Todos os tipos de profissões. Gêneros musicais. As mais belas fotos em viagens no mundo a fora. Desde a Europa até a Praia Grande. Motos, carros, silicones, performances. Enfim, tudo o que você procura materialmente, fisicamente e financeiramente há probabilidades de encontrar.

A arte da conquista foi terceirizada. O flerte foi substituído pela facilidade e agilidade das mensagens. Em um aplicativo aonde tudo se pode escrever, quem não gostar... Próxima ou Próximo! Felizmente, ou melhor, Graças a Deus ainda não houve nenhum estudo científico capaz de identificar o que de fato precisa ter para que se ganhe os famosos Likes! E olha que tem gente que diz que o aplicativo é um facilitador. Desde quando concorrer com infinitas pessoas é facilitador? Sim, concorrer. Se você coloca fotos com um visual mais sério, você é a recatada. Se coloca com um visual sensual, hii, essa é fácil. Se tem 1,5m é baixa, se tem 1,8m é alta. Aplicativo é a coisa mais cansativa do mundo. Muitos nem são o que são, utilizam fotos de 10 anos atrás, colocam profissões que é preciso procurar no Google para saber o que é. Sem contar os discursos prontos. Será que tem uma cartilha para usuários desses aplicativos?

Pois é, em terra de Tinder quem tem um Amor é Rei. Quem teve o privilégio de conhecer alguém de forma normal, em um barzinho, em um evento, em uma viagem ou em qualquer outro lugar, sabe do que estou falando. Aquela troca de olhares, a jogadinha de cabelo, depois a troca de telefone. Ou quando em uma reunião de amigos, conhecer aquele alguém e bater aquela química, números de telefone são trocados. Vida Real meu povo! Vida Real. E quando acontece o primeiro encontro, sem que você se sinta em uma entrevista de emprego, é tão leve, sem peso nenhum. A tecnologia não vai substituir o naturalmente. Pode dar uma forcinha? até pode. Mas cadê aquele homem ou aquela mulher que sabe puxar uma conversa, oferecer um drink, dar um sorrisinho. Ah gente, vamos perder isso não.

Em uma empresa dizemos que quando o turnover (rotatividade de funcionários) está alto, o problema muitas vezes está dentro da empresa. Isso vale dizer para as pessoinhas do aplicativo também, porque geralmente o turnover é alto. Então, vai para o jogo. Coloque o time em camp... Sabe a musiquinha “deixa acontecer naturalmente...”? Viva sem o celular na mão. Saia com o aplicativo desligado. Permita-se as experiencias antigas, mas que valha à pena. Nunca foi sobre quantidade, ao menos não descaradamente, mas sobre qualidade.

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