Texto: Lorena Cantanhede
Enquanto a aula corre, penso como somos individuais. Cada cabeça, uma maneira de compreender e de repassar o compreendido. Não sei você, eu sou fissurada pelo comportamento da mesma maneira que sou avessa. Isso mesmo!!! Avessa!
Aquela boa e velha história de que quanto mais ficamos velhos mais antissociais nos tornamos já faz parte do meu currículo de vida. É exatamente o meu casulo que me dá gás para estar no meio da multidão.
Multidão, Lorena? Você no meio da multidão? (risos e gargalhadas) É que qualquer quatro pessoas em um mesmo ambiente eu já considero aglomeração e me divido na mesma quantidade para que todos tenham um pouco de mim. Em uma sala de aula, agora mesmo, conto 12 alunos. São 3 horas de 12 Lorenas para cada cabeças diferentes. Melhor maneira de exercer e aprender a respeitar o outro.
Considero necessário que cada um cuide muito bem da sua concha e sempre que precisar a tenha como local de acolhimento.
Como descanso para mente e para as emoções que são sobrecarregadas no dia a dia. Durma, fique deitada, assista uma série leve e clichê, sem cobranças e sem obrigações. Descanse!
Não é errado você não querer ir para a balada, não é errado você preferir lugares mais calmos, nem é errado você não ser popular. Toda essa pressão de que precisamos nos destacar só existe para afagar os olhos alheios, enquanto o correto é agradar primeiro a nós mesmo. Escolha um momento da semana para ser seu e faça dele o que quiser. Nada melhor do que exaltar nossa individualidade respeitando e aceitando o nosso processo.
No meu casulo ninguém mexe ou se intromete. E, quando eu falo ninguém, não estou brincando. Abriria exceção apenas para o Bradley Cooper para perguntar o motivo das minhas ações, no mais, não dou a ninguém o direito de tirar satisfação do que eu faço ou deixo de fazer em meus momentos descanso do mundo. É acolhida em mim que eu consigo voar como uma linda borboleta.
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