Fonte: Isto É
Celebrar o aniversário em tempos de Covid-19 pode ser um desafio, mas a marca Balmain comemorou nesta quarta-feira seus 75 anos com um desfile glamoroso em Paris, que homenageou seu fundador e foi prestigiado por celebridades virtualmente.
A Balmain foi uma das poucas casas que, em vez de uma apresentação digital, optou por oferecer uma apresentação real nesta semana de moda, juntamente com outros grandes nomes, como Dior e Chanel. E o fez à noite, ao ar livre, no elegante Jardin des Plantes da capital francesa.
Na primeira fila, as celebridades de sempre: Cara Delevingne, Maluma, Alessandra Ambrosio, Juliette Binoche, María Pedraza, Cindy Crawford… além de pesos pesados da moda, como Anna Wintour. Desta vez, porém, estas presenças ilustres foram representadas por telas que mostravam vídeos em que as celebridades simulavam estar assistindo presencialmente ao desfile.
Desta forma, a marca procurou compensar a falta de público internacional devido à pandemia e, também, inovar, no momento em que muitas empresas estudam como salvar os desfiles presenciais, e não relegá-los a simples vídeos exibidos pela internet.
– Labirintos –
Para o 75º aniversário da marca, fundada pelo francês Pierre Balmain, seu diretor artístico, Olivier Rousteing foi à passarela admirar as modelos veteranas, como a francesa Inès de la Fressange, que desfilaram ao som de “My Way”, de Frank Sinatra.
A voz de Balmain ressoou, então, para “defender a elegância à francesa”, marca da casa, que, desde o seu início, destacou-se por acentuar as curvas do corpo feminino.
Rousteing reinterpretou na coleção primavera/verão uma das assinaturas icônicas da marca dos anos 1970, que estampou em boa parte das peças, e com a qual desenhou vários total looks e complementos pensados para serem sucessos de vendas.
O logotipo, uma referência à paixão de Pierre Balmain (1914-1982) pelos labirintos dos jardins franceses, representa linhas pretas sobre um fundo branco.
– Menos sensual, mais ‘ciclista’ –
A coleção também é menos sensual do que o costume, e não abusou nem das botas altas, nem das minissaias, duas das peças mais desenhadas por Rousteing, nomeado para a direção artística da marca em 2011, aos 25 anos.
A peça-chave foi a bermuda ciclista, usada com blazers de ombreiras pontiagudas. O cinza dominou, alternando-se com peças flúor, esportivas e jeans, bem como outras bermudas.
O desfile da Balmain, propriedade do fundo Mayhoola, do Catar, desde 2016, foi fechado por um grupo de “sereias” com vestidos fluidos caminhando descalças. Nas telas, as celebridades virtuais aplaudiam com entusiasmo.
Comments