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Lorena Cantanhede

A vida que se vai

Texto: Karen Marques



Quando a insônia na madrugada vem fazer companhia, nada melhor que um papel e um lápis na mão, ou, nesse caso um notebook para desabafar. Os leitores do site já identificaram que a minha escrita vem sempre baseada em algum fato vivido e experimentado, nesse caso, não teria um porquê ser diferente.

Viver é a experiência mais alucinante e alucinógena e alucina-alguma coisa que podemos experenciar. Não entendo por que muitas pessoas vão para as drogas ou para as bebidas, se viver as vezes é a própria brisa.

Tudo muda num milésimo de segundo, as vezes nem dá tempo de acompanhar. Você piscou, e “páh” já não é mais o que era. Como diria algum filósofo, acho que Heráclito “não podemos tocar na mesma água duas vezes”.

Ou seja, quando se toca uma vez é uma coisa, na segunda já é outra água. Ou seja, já foi, já passou. Tudo é movimento, nada é estático.

Eu nem sei como será a conclusão desse texto, o que eu queria dizer mesmo é ratificar a importância do agora. Desse segundo que quando eu terminar de escrever a próxima palavra, já foi, já passou. Esse segundo que nos faz achar que temos a eternidade, quando no final nem sabemos se o tempo da ampulheta está no início, no fim ou de repente você é a pessoa sorteada do Universo e ela parou. Não gostaria que você se agarrasse a essa última opção. Afinal, a eternidade não é desse mundo, graças a Deus.

Nesse momento eu olho para a janela e me pergunto quantas horas faltam para amanhecer, como será o dia que está por chegar, porque a vida é isso, é um presente e como o próprio nome sugere, tem que abrir para saber. Tem que viver para experenciar. As vezes pode ser um presente agradável, por outras, não. Mas sabe o que importa é que você não precisa aceitar um presente quando você não gosta, não precisa agarrá-lo e passeá-lo com ele o dia, a semana, o mês e a vida. Então, quando a caixinha de presente não for a que te fizer feliz, espera o outro dia. Espera vir algo bom. Sempre vem. Não é como ganhar na loteria, o nível de dificuldade é você que põe.

Só sei que sempre haverá dois caminhos, o da lamuria e vai por mim, ninguém tá se importando se o presente do seu dia não é um dos melhores, então não reclama não, porque só você pode resolver esse B.O ou um outro caminho, o da calma, o da pausa, o da aceitação e o da fé de que tudo volta para o seu devido lugar. E independente do caos que esteja o dia, independente das surpresas ou circunstancias, eu sempre utilizo uma frase que veio na minha cabeça como um insight e que eu utilizo para a minha vida: “Quando eu tenho consciência da certeza de que o amanhã é um bônus, eu reafirmo a importância de viver o hoje”

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